sábado, 27 de abril de 2013

- A INCORPORAÇÃO

A "Incorporação" se dá através da utilização do(s) chacra(s) do médium pela entidade. De certa forma poderíamos comparar à uma espécie de "osmose' entre entidade e médium. Ou como dizem alguns, as entidades irradiam energias sobre determinados chacras de forma a controlar em maior ou menor grau de consciência ( Numa variação de controle que vai em média de 30% a 80% segundo algumas fontes), tomando assim do sistema fônico,mental e da parte motora do médium, e se faz uso para seu trabalho. Sabe-se que as entidades desencarnadas precisam de algo que somente o ser encarnado possui, o ectoplasma. E é dele que se utilizam para suas comunicações e trabalhos. A grande maioria das incorporações são do tipo semi-conscientes em maior ou menos grau de consciência por conta do tipo de médium/entidade/trabalho a ser feito e também, porque não mencionar(?) da paciência de cada um. E que as mediunidades do tipo totalmente inconscientes estão diminuindo cada vez mais.
A cumplicidade é fundamental para melhoria das relações entre médium e entidades e para as resultantes de seus trabalhos, sendo um trabalho de dois, tenhamos nós médiuns uma co-responsabilidade para com aquilo que for dito ou feito pelas entidades, já que fazem uso do nosso mental e do nosso corpo. E se para se ter uma boa ligação mediúnica é necessário a participação de dois, então para se interromper ou frear uma comunicação indevida , supõe-se que a interferência de um, altere o equilíbrio geral e de alguma forma possa interromper ou reajustar o rumo da comunicação. É o que vulgarmente se chama de "morder a língua" da entidade( ou seja a nossa mesma).
O certo é que apesar de ser confuso no início do desenvolvimento, deixando dúvidas e incertezas em médiuns, temos que considerar algumas situações: o corpo utilizado pelas entidades, pertence ao médium, logo , deve ser utilizado pelas mesmas com respeito e cuidado; as situações a que se expõem involuntariamente em alguns casos os médiuns inconscientes não tem lógica de acontecer com os que não o são, a menos que esses dêem sua permissão - já vi entidades de médiuns inconscientes fazerem coisa com seus corpos que jamais permitiria que fizessem com o meu; o fato de ser semi-consciente já dá ao médium a idéia da co-responsabilidade que ele tem para com o que está sendo feito; é uma ótima fonte de aprendizagem , pois permite ao médium aprender com os ensinamentos passados pelas suas entidades, aos consulentes e deles aproveitar boa parte para seu próprio desenvolvimento; leva o médium a estudar e aprender mais para compartilhar com suas entidades esses conhecimentos ( que elas utilizam de seu mental) de forma a melhorar e ampliar as consultas. É chato ser consciente, nos deixa inseguros, vigilantes sobre nós mesmos, responsáveis pelos resultados, sem a desculpa deliciosa de não ver e não saber, ou seja não ter nada a ver com o assunto, sem poder jogar a culpa no outro, coisa, aliás, muito humana.
O Astral Superior, com certeza sabe aquilo que é melhor para cada um. Creio que a tendência é que tenhamos cada vez menos fenômenos físicos, daqueles que foram necessários para provar a existência dos espíritos e cada vez menos dos médiuns inconscientes, o que forçará os médiuns a participar com algo mais que seu corpo, seu tempo e sua boa vontade Terão que participar com a mente, o espírito e a responsabilidade. Terão que estudar e evoluir, sem direito às desculpas referentes à ignorância do que ocorre, seja espiritual, seja cultural/intelectual. È uma maneira de forçar o ser a evoluir. Nós evoluímos, as nossas entidades também, nada é estático, por isso devemos perceber que muitas mudanças já ocorreram. Mudaram-se os tipos de problemas que o ser humano tem, também mudaram as necessidades básicas que levam os consulentes ao centro. As entidades se atualizam, seja através do mundo astral e/ou do conhecimento material que recebem/percebem através do mental de seus aparelhos.
Enfim, não temos o direito de dizer se este ou aquele médium é ou não consciente, essa é uma decisão que pertence À espiritualidade e, quem sabe, fez parte da escolha de cada um antes de retornar da pátria espiritual.
O que realmente podemos fazer é cuidar muito bem de nossas responsabilidades mediúnicas e auxiliar nossos irmãos, seja qual for seu tipo de mediunidade a caminhar e cumprir suas missões, se não conseguirem compreender o todo, ao menos que possam sentir-se o melhor possível, o mais confortados e apoiados em suas jornadas.
Mediunidades, entidades, médiuns, não há que se dizer que esse é melhor que aquele, até porque esse é um julgamento que não nos pertence

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"O que mata o nome da Umbanda, não é o preconceito que as pessoas ignorantes tem sobre esta religião, e sim a falta de ética que a própria comunidade tem entre si".

Roger Lima.

EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Sede generosos e caridosos, sem ostentação. Quer dizer: fazei o bem com humildade. Que cada um vá demolindo aos poucos os altares elevados ao orgulho. Numa palavra: sede verdadeiros cristãos, e atingireis o reino da verdade. Não duvideis mais da bondade de Deus, agora que Ele vos envia tantas provas. 

EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO - CAP 7 - Bem aventurado os pobres de espírito.

Título: Instruções dos Espíritos - O Orgulho e a Humildade

- PERDÃO: UMA DÁDIVA ABENÇOADA

"O perdão é tão importante que não é por acaso foi a última lição de Jesus nos ofertou antes de dar o último suspiro na cruz: "...Perdoa-os, pois não sabem o que fazem!..." No Espiritismo a prática da benevolência e da gratidão são cultivadas de forma intensa, pois somente assim nos livramos das garras da mágoa que impede a presença do perdão!" Sergio Feijó - Orador e divulgador do Espiritismo

- SOBRE O SOFRIMENTO

"...o remédio contra o sofrimento deve começar antes de qualquer sofrimento - assim como a vacina contra uma doença deve ser aplicada em plena saúde (...) Assim a profilaxia contra a dor não pode ser dada no momento da tragédia, mas em plena bonança e saúde; o remédio não consiste num ato transitório, mas numa atitude permanente do homem. Se o homem não assumir uma atitude de verdade e compreensão sobre si mesmo e harmonizar a sua vida com essa consciência, não encontrará consolo na hora do sofrimento.
O sofrimento atinge o nosso ego humano, e não o nosso Eu divino. Quem confunde o seu ego periférico com o seu Eu central não tolera sofrimento.
O principal não é não-sofrer - o principal é saber-sofrer".

Huberto Rohden

VAIDADE

"A vaidade consiste em uma estima exagerada de si mesmo ou de suas posses, uma afirmação esnobe da própria identidade. É considerada um dos sete pecados capitais, sendo o mesmo pecado associado ao orgulho excessivo e à arrogância. Tomás de Aquino considerava a vaidade um problema tão grandioso que era fora de série, devendo ser tratado em separado do resto e merecendo uma atenção especial. Existe um quê de soberba, um componente de vanglória que se impõe como uma pessoa especial. O indivíduo vaidoso está interessado nas pessoas e nas coisas materiais quando essas se transformam em apêndices dele, em verdadeiros espelhos a refletirem a sua própria imagem. Busca incessantemente as opiniões a seu respeito e que acaba por se tornar uma pessoa escrava de sua própria imagem perante seus semelhantes. Ele aguarda, apenas, o reconhecimento do próximo ao descobrir o que ele pensa a seu respeito. Certamente a vaidade é decorrente do orgulho. O ser vaidoso não conhece a palavra "nós", pois ele somente pensa na palavra "eu". Eu, as minhas coisas, os meus problemas, as minhas realizações. Há pessoas que só parecem ver o seu próprio rosto. Seus pensamentos são muito mais importantes, mais lógicos, guardam maior sentido. A vaidade é mais associada atualmente à estética, ao visual e aparência da própria pessoa. A imagem de uma pessoa vaidosa estará geralmente em frente a um espelho a exemplo de Narciso. Comportamentos relacionados a este mecanismo incluem uma opinião exageradamente positiva do valor e capacidade próprios, expectativas exageradamente altas projetadas em objetos, ideias e nos outros, vestuário extravagante, orgulho, sentimentalismo e exaltação afetada, convencimento, tendência para desacreditar opiniões alheias, esforços direcionados à dominação daqueles considerados mais fracos ou menos importantes."

*Retirado do livro "Refletindo a Alma" (Pág. 242 e 243).

INVEJA

"A inveja poderia ser definida como o ego que não admite o triunfo alheio. O Dicionário Houaiss define inveja como: "sentimento em que se misturam o ódio e o desgosto, e que é provocado pela felicidade ou a prosperidade de outrem. É o desejo irrefreável de possuir ou gozar, em caráter exclusivo, o que é possuído ou gozado por outrem". Em Psicologia se afirma que só sentimos inveja do que podemos conquistar. A inveja então seria um tipo de atração, de desejo por algo que gostaríamos de ter, ser, viver ou conquistar, mas que por algum tipo de mecanismo interno (medo, inferioridade, preguiça) não alcançamos. Assim, não invejamos somente bens materiais, eles são um aspecto do que se pode ser invejado. Podemos invejar uma qualidade, uma posição, um jeito de ser, um relacionamento entre duas pessoas, etc. Num primeiro momento, a inveja envolve elementos de admiração e cobiça que evoluem para o desejo de destruir o outro, pois ele é tomado por um sentimento de infelicidade por não estar vivendo aquela realidade.

Por um ato de covardia e despeito, em vez de reconhecer suas dificuldades, limites e buscar por si mesmo o que almeja, acaba colocando a culpa de sua infelicidade no outro e não suportando a suposta felicidade daquele que inveja. O indivíduo quer apoderar-se do que deseja ou destruir o objeto desejado, é uma forma de desqualificar e poder assim alterar o valor do objeto desejado. O elemento invejoso adultera a qualidade do objeto querido, já que não consegue suportar que outro alguém o possua. É uma forma de transformar algo de bom em mau e de impedir o outro de possuir aquilo que deseja.

Para livrar-se da inveja é fundamental que a pessoa descubra suas próprias qualidades para que possa desenvolver suas potencialidades e ter consciência de que podem ser admiradas e felizes".

É muito comum, depois de lermos textos como este, apontar o dedo e tornarmos juízes do nosso semelhante. A pergunta que devemos fazer é: Será que somos invejosos?

*Retirado do livro "Refletindo a Alma" (pág 239 e 240).

CULPA

"A culpa pode ser entendida como produto do ego que se pune. É profundamente analisada por Joanna de Ângelis em diversas obras, devido à atualidade do tema e do grande potencial destrutivo que oferece quando não trabalhada. Para a mentora a culpa é resultado da raiva que alguém sente contra si mesmo, voltada para dentro, em forma de sensação de algo que foi feito erradamente. Por isso, fatalmente está o ego adoecido, que, impossibilitado de refletir com naturalidade sobre a possibilidade de errar, de discernir, cobra-se, gerando alto nível de sofrimento, em vez de avaliar a qualidade das ações e permitir as reparações."

Será que sabemos nos perdoar?

*Retirado do livro" Refletindo a Alma" (pág. 238 e 239).