quinta-feira, 11 de abril de 2013

Orixás



Orisha é uma palavra yoruba para designar um ser sobre-humano, ou um deus.. Sobre os orixás, são consideradas duas vertentes distintas: monoteísta e politeísta. Na monoteísta, os orixás são manifestações do Grande Deus Olorum, criador de tudo. Todo o universo surge de Olorum através das radiações que são individualizadas e personificadas em orixás. Essas radiações são personificadas de formas diferentes nos diversos terreiros - depende da influência histórica que cada um sofreu. A radiação vibração da água, por exemplo, pode ser subdividida em Oxum: água doce, Nanã: pântano e Iemanjá: mares. Ocorre semelhante com Ossain e Oxóssi no caso da irradiação do reino vegetal. Na politeísta, cada orixá é considerado um deus que se manifesta através dos elementos da natureza.
Muitos escritores da umbanda relacionam as Sete Linhas aos Orixás, outros preferem relacionar as Sete Linhas com as vibrações e não diretamente a orixás, já que eles são mais de sete.
Quando começou o tráfico de escravos, muitos negros de tribos diferentes foram vendidos juntamente, desta maneira os diversas orixás de tribos distantes se encontraram em terras brasileiras e formaram o grande panteão do Candomblé. Notadamente a nação que mais influenciou foi a Iorubá.
Nesta visão ainda própria dos ritos tribais, o orixá era um ancestral que todos tinham em comum. Geralmente era considerado como o próprio fundador da tribo e deixava grande influência por suas características incomuns de liderança, poderes espirituais e grande habilidade de caça. A tribo tinha no orixá um símbolo da união, pois todos eram filhos diretamente desse grande ancestral; com isso surge o termo Orixá histórico - realmente um rei, rainha, feiticeiro, guerreiro que existiu.
No nascimento do Candomblé, os homens passaram a ser filhos espirituais dos orixás, pois a relação de ancestralidade que existia na tribo não se confirmava mais na nova realidade da América. A partir da umbanda se configura a uma nova visão: o Orixá Cósmico. O orixá, pela cosmogonia umbandista, nunca viveu na terra, ele é muito mais que o espírito desencarnado de um homem; Toda criação é o resultado do trabalho harmônico dos orixás, espíritos elevadíssimos, verdadeiros arquitetos e mantenedores da criação.

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